quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

O Tempo da Mudança

Já foi o tempo em que tempo era documento para alguma coisa. Que longas carreiras dentro de uma organização era sinônimo de sucesso e casamentos duradouros de felicidade.

A vida mudou e as relações também, só que nem todos conseguem – ainda, se adaptar a essa nova realidade. Realidade esta, que não é melhor ou pior que a de antigamente, mas apenas diferente. Trocar paradigmas nunca foi fácil para qualquer geração e nem sei se um dia será, afinal coisa que o ser humano continua sendo é resistente a mudanças.

O mundo esta cada vez mais rapido, dinâmico, prático, superficial e descartável. E volto a dizer que nao necessariamente isso é ruim, mas apenas diferente do que estamos acostumados. E justamente por nao estarmos acostumados a alguma ou muitas coisas, tendemos a achar isso ruim. Por que uma relação que terminou, dizemos que “não deu certo e por isso acabou”? Quem foi que disse que não deu certo? Por que simplesmente não entendemos – sem traumas - que aquela pessoa foi perfeita até alí e que é hora de mudar, ou seguir sozinho? Por que ficamos analisando, analisando e analisando os motivos do “fracasso” das relações, se somos eternos mutantes e na próxima relação já seremos diferentes, onde os “erros”, ou melhor, as experiências passadas naturalmente nos mudam?

Meio doido tudo isso?

Sim para os mal resolvidos como eu, que adoram complicar o simples e a querer o mais confortável; e Não para os bem resolvidos que encaram a vida de forma simples como ela é, e estão abertos a mudanças. O mais engracado disso tudo é que os “mal resolvidos” como eu, adoram falar que “os bem resolvidos” sao frios, superficiais, que não encaram as verdades e utilizam as mudanças como fuga. E mais engracado ainda saber que não há problema algum ser felizmente acostumado com a mesmice.

Sinceramente, estou aqui rindo sozinha, pois esse papo pode gerar linhas e linhas de multiplos devaneios e opiniões das mais divergentes e íntegras possíveis. Porém, uma coisa é fato; o mundo, a vida, as pessoas, as relações, os valores e a realidade mudaram; e quem vai julgar se esta melhor, pior ou se é evolução ou perdição, é o livre arbítrio de cada um.

Só vale tomar cuidado para nao cair no “limbo” da incoerência frente as inúmeras oportunidades de viver várias vidas dentro de uma só. Onde pregamos uma coisa, mas agimos de forma contrária.

A incoerência pós -moderna é que faz essa nova realidade ficar ainda mais confusa, misturando todos os nossos referencias e não nos deixando aceitar que muitas vezes é tempo de mudar!

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