segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Os Cleydisons da minha vida...

Era uma vez um homem interessante que sempre passava com sua bicicleta. Alto, moreno, atlético, de sorriso tímido e sedutor. Nossos olhares se cruzavam e se correspondiam – por meses a fio. Sonhava com aquele homem interessante todas as noites e imaginava-o todos os dias completando minha vida. Inteligente, bem sucedido, engraçado , cheio de idéias e meu.
Um dia, o homem interessante, parou sua bicicleta e me chamou para sair. Minhas pernas tremeram. Não podia acreditar que aquele homem estava falando comigo. Mesmo nervosa, consegui perguntar seu nome, e quase como poesia ele respondeu: “Prazer, meu nome é Cleydison!”.....

Cleydison? O amor da minha vida se chama Cleydison? Cleydison? Ok, ok, ok. Não necessariamente homens interessantes têm também nomes interessantes e com Y! Mas, ok duas vezes.

Cleydison liga, Cleydison pergunta: “quer que eu te pego a que horas?” e vem me pegar usando uma camisa do Hard Rock Café para um “uncharming” primeiro encontro. E como num passe de mágica, ou em menos de cinco minutos, percebo que “Cruz- Cleydison!”.

Alguns tem um “first date” outros tem um “frust-date”. Mas, os Cleydisons, ou as Catilces da vida, nos fazem perceber como nossas mentes são puras literatura. Criamos estórias e acreditamos nelas veementemente sem qualquer informação adicional, e ao nos depararmos com a realidade, muitas vezes, tentamos encaixar um triângulo num quadrado - simplesmente por querer acreditar que o tal Cleydison, ou a gostosa da Catilce pode virar um Lorde Inglês, ou uma princesa Diana. Será que podem?

Infelizmente, preconceituosamente ou não, e não falando propriamente de nomes; acredito, que esse “legado genético biológico”, demora ainda algumas gerações para desaparecer. Ainda mais se o Cleydison colocar o nome da filha de Claudilene. Então, será que não seria melhor deixar cada um no seu quadrado?

Mas, quem nunca passou por experiências frustrantes? Quem nunca teve estórias, situações, viagens, experiências profissionais, idas a restaurantes, shows no estilo “Denorex” total e “Cleydison” de ser? E culpa de quem?

Culpa da nossa viajante cabecinha, fortalecida pela mídia, pelo marketing e pelo famoso “feeling”, que enxerga o que quer enxergar. Mas, quando a gente se abre para viver a realidade dos fatos - os fatos falam por si.

Triste isso? Claro que não! Feliz somos nós que podemos rir de nossas próprias viagens mentais, tirar nossas próprias conclusões, criar nossas próprias estórias e ainda por cima ser a diversão da galera.

Mas, deixo aqui apenas uma dica: que da mesma forma que podemos nos equivocar com situações aparentemente perfeitas, podemos não enxergar que situações aparentemente imperfeitas podem ser perfeitamente para nós.

Por isso, meu caro leitor, se só situações Cleydisons e Catilces estão aparecendo na sua vida, e você esta achando que o seu jogo do amor é o “resta um”; não se torture ainda mais por fazer, por uma noite apenas um Cleydison ou uma Catilce feliz. Afinal, o Brad Pitt e a Angelina Jolie já apagaram o seu telefone faz tempo!

Um comentário:

Anônimo disse...

Hey, I am checking this blog using the phone and this appears to be kind of odd. Thought you'd wish to know. This is a great write-up nevertheless, did not mess that up.

- David