domingo, 4 de novembro de 2012

O compasso do descompasso.


O que mais me encanta nas pessoas é que cada uma pode te agregar de uma forma singular. Desde o mais inteligente, bem sucedido a pessoa mais simples e sem instrução. Quem tem a capacidade de saber olhar as diversidades tem a capacidade de se agregar com as diferenças e evoluir.

Por isso, não sei se é por mania, curiosidade, ou interesse mesmo, que conversar com as mais diferentes pessoas me encanta e diverte tanto. Até porque, a coisa que o ser humano mais gosta de fazer depois de falar mal do outro, é falar de si, de si e de si. Tem papos, que é uma competição de “eus” - que eu sei bem!

Piadinhas à parte. Em conversa com uma especialista internacional em gestão de pessoas e liderança, ela além de me fazer ouvir, ok, até então não havia pensado em falar, afinal estava tão interessada no que ela havia a dizer – que eu, era a parte menos relevante ali.

Tem horas que temos que deixar nossos umbigos em casa e não será por isso que seremos menos importantes ou especiais – se de fato assim você se sentir.

O tema em questão era: aquilo que você pensa, fala e seu corpo diz. A comunicação, a troca, é o conjunto desses três elementos. Aquilo que você entende, pensa, fala e interage. A gente às vezes esquece, mas nosso corpo é o mais tagarela de todos! Muito mais que nossas delicadas, ou afiadas boquinhas. Os enganados somos nós quando achamos que enganamos o receptor nessa falta de equilibro entre mente, corpo e fala.

Pensamos uma coisa, falamos outra e nosso corpo se comporta como acha. Não adianta eu estar incomodada com alguma coisa, falar que estou relax e deixar o corpo todo duro, travado. Por mais que eu queira disfarçar, te, ou me enganar, corpo e mente falam mais que as palavras. Como também, não adianta eu dizer que eu estou te ouvindo, se jogo meu corpo para frente e fico em posição de alerta - automaticamente estou blindando minha mente a receber você e suas informações.

O equilibro entre esses três elementos é que faz com que estejamos preparados para alcançar ou atrair aquilo que queremos ou buscamos. Não há como você ter paz, com uma mente em conflitos e um corpo inquieto, por mais que eu fale. É preciso acalmar o corpo e esvaziar a mente para deixar que a paz entre, te fazendo realmente estar em paz. Quando isso acontece essa situação aparentemente alcançada vira um estado normal seu.

Na verdade tudo será sempre um exercício. E para fazer de sua vida um belo concerto, faxine a sua mente, elimine a gagueira e coloque esse corpinho enferrujado para dançar o mesmo ritmo. 

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