sexta-feira, 23 de março de 2018

A poesia e o sexo.



A poesia e o sexo se encontraram em um bar de estilo singular. Ele, o sexo, ofereceu um gin para a poesia. Era a maneira mais fácil de chegar até ela enquanto ela recitava sua inteligência em frases de total sentido e beleza. Quem seduzia naquela mesa era a poesia e não o sexo. O sexo exalava alegria, sentir, um arrepio ao gesticular e se movimentar. Sua vivência era tão intensa que chegava a suar naquele encontro. Já ela, exalava por todos os poros seu encantamento e brilho. E isso só acontecia porque o sexo sabia a hora certa de entrar. Ele entendia que antes era preciso dilatar para ela transbordar. Aquele foi o primeiro de muitos encontros entre a poesia e o sexo. E em todos eles havia algo singular, como aquele bar. Eles se entendiam sem palavras, porque ambos se faziam sentir. Construíram algo só deles e tão íntimo, que descobriram que somente juntos podiam conquistar o mundo, afinal separados seriam apenas um sexo casual e uma poesia clichê. 

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